quinta-feira, 17 de abril de 2014

#SÉRIE: 2º)"Hoje você estará comigo no paraíso" Lc 23:43

"Hoje você estará comigo no paraíso." Lucas 23.43



Me pergunto: por que eles foram colocados daquele jeito; um ladrão de cada lado e Jesus no meio?

Se fôssemos o centurião responsável pela crucificação, teríamos posto os dois ladrões próximos um do outro e Jesus mais afastado?
Ou um dos ladrões no meio, Jesus numa ponta e o outro ladrão em outra?

 O soldado romano provavelmente não tinha idéia do motivo pelo qual colocou as cruzes naquela posição, mas estava na verdade cumprindo uma antiga profecia: 

"Ele [...] foi contado entre os transgressores" (Is 53.12). 

 Jesus não apenas morreu entre criminosos, mas foi considerado um deles.

Deus tinha suas razões para decretar que Jesus fosse crucificado entre dois bandidos:

- Queria demonstrar a intensidade da vergonha que seu Filho estava disposto a suportar. No nascimento, foi cercado por animais, e agora, na morte, por criminosos. Ninguém poderia acusa-lo de favoritismo ou nada parecido, Ele sempre esteve nas piores circunstâncias: do nascimento até sua morte.

Mas vamos analisar o ladrão:

Inicialmente esse ladrão juntou-se ao outro e começou a zombar de Jesus:

"Igualmente o insultavam os ladrões que haviam sido crucificados com ele" (Mt 27.44). 


Não sabemos qual dos dois ladrões era o mais pecador mas...

...Esse ladrão na verdade representa eu e vc.

Você pode argumentar: eu, ladrão? Eu nunca roubei nada!

Deus nos dá dons, talentos, habilidades e ao invés de glorificarmos a Ele, damos glórias a nós mesmos. Roubamos a gloria que é de Deus.

Ao invés de servirmos aos interesses de Deus, que nos deu tudo, escolhemos servir aos nossos próprios interesses e por consequências aos interesses de santanás.

Fica claro que não somos muito melhores do que esse ladrão na Cruz.

E de fato, não existia muita esperança pra ele. 

Era tarde demais para recomeçar.

Era tarde demais para voltar atrás. 

Era tarde demais para ter uma segunda chance. 

Era tarde demais para mudar.

Só que aqui aprendemos que para Jesus NUNCA É TARDE DEMAIS.

É muito provável que o ladrão não tivesse visto Jesus até aquele dia.

Quando os três homens foram pregados na cruz, ele pensou que Jesus realmente fosse apenas outro criminoso.

O que o fez mudar de idéia? 

Em primeiro lugar, ele ouviu Jesus orar: "Pai, perdoa- lhes, pois não sabem o que estão fazendo" (Lc 23.34).

 - Somente um homem que conhecesse a Deus podia suplicar ao Pai o perdão para seus ofensores;

Ele então ouviu a infeliz afirmação da multidão: "Salvou os outros, mas não é capaz de salvar a si mesmo!" (Mt 27.42)

O ladrão pensou: "O que eles querem dizer com 'salvou os outros'?".

 A multidão provavelmente gritava, em tom de deboche, os milagres que Jesus já tinha feito e o ladrão começava a perceber que não estava na presença de um mero criminoso. 

Além disso, era comum escrever o crime do crucificado em uma placa para que as pessoas pudessem ver o motivo da execução.

 Pilatos escreveu: "Este é o Rei dos Judeus" (Lc 23.38). 

Na cruz, o ladrão pode ter lido a frase ou, mais provavelmente, tê-la ouvido em meio à zombaria. 

De qualquer forma, agora acreditava que Jesus era o Rei, pois implorou: "Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino" (Lc 23.42; grifo do autor). 

Inacreditavelmente, Deus fez nascer a fé no coração daquele homem.

Ele creu em um momento no qual Jesus estava aparentemente sem condições de salvar quem quer que fosse. 

Ele creu sem ter provas da ressurreição de Jesus Cristo. 

Ele creu sem ver Jesus andar sobre as águas, alimentar multidões ou transformar água em vinho. 

Por mais improvável que fosse, ele creu.

A jornada de fé do ladrão começou quando ele repreendeu seu parceiro no crime: 

"Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença? Nós estamos sendo punidos com justiça..." (Lc 23.40,41).

voltou-se e disse a Jesus: "Lembra-te de mim quando entrares no teu Reino" (Lc 23.42; grifo do autor). Ele não pediu para ser honrado quando Cristo entrasse em seu Reino. Pediu apenas para ser lembrado. 

Ele que provavelmente foi esquecido a vida toda pela sociedade, pela família, pelos amigos. Pediu: lembra-te de mim.

A resposta de Jesus superou, e muito, as expectativas do ladrão arrependido:
 "Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso" (Lc 23.43).

Spurgeon escreveu que "esse homem que foi seu último companheiro na terra" foi também seu "primeiro companheiro nos portões celestiais".

Lembrem-se de que ambos os ladrões estiveram com Jesus, mas apenas um foi salvo.

O ladrão não foi salvo na última oportunidade, e sim na primeira. 

Ele não estava presente quando Jesus transformou água em vinho nem quando Jesus acalmou a tempestade ou alimentou as multidões. Não ouviu o Sermão do Monte nem as palavras que Cristo disse ao paralítico: "Os seus pecados estão perdoados". 

Aquela foi sua primeira oportunidade para acreditar em Cristo. E ele decidiu crer.

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